quarta-feira, 1 de setembro de 2010

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O BRILHO DOS DETALHES

"A base do mundo não é constituída por grandes pessoas que realizam pequenos fatos, mas sim por pequenas pessoas que promovem grandes acontecimentos."
Eu tinha um grande desafio pela frente e essa frase refletiu em minha consciência, insistindo em ser relembrada com uma teimosia admirável. Parecia um cão faminto que não desiste de convencer a lhe darem o alimento. Resolvi então apostar no otimismo moderado.
Certa vez, alguém me disse que é melhor ser otimista do que pessimista, porque até que tudo dê errado, o otimista sofreu menos. É fato. Comecei então a pensar no triunfo e coloquei a insegurança de lado.
Chegou o dia. O ambiente cheirava a adrenalina. O clima era de sentimentos mútuos e simultâneos.
Música. Poesia. Instrumentos e voz.
Cantei como se fosse minha canção de despedida. Eu me sentia exteriorizando a minha alma e oferecendo-a numa bandeja ao glorioso público. Todos aceitaram a minha oferta. Lágrimas rolaram até mesmo de olhos ateus.
Findou-se a canção. Um silêncio momentâneo contagia a massa. Duas mãos se encontram e então lá vem os aplausos. O último acorde da música foram feitos pelas batidas desenfreadas do meu coração.
Uma unanimidade deu resultado ao veredito tão esperado e a alegria foi tão forte que senti o sabor da felicidade em minha boca.
Brilhei. Mesmo tendo sido um só momento, por um instante eu iluminei. Fecham-se as cortinas.
Ontem eu aprendi que não devo admirar somente o brilho inalcansável das estrelas. Devo também valorizar esses pequenos momentos que cativam um coração e lhe obrigam, com gentileza,  a ser feliz .
Eu entendi que o Sol possui luz própria, mas os vaga-lumes também.

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