O que estão fazendo com essa nossa gente sofrida?
Estão fazendo o nosso povo derramar seu leite, suas lágrimas, seu sangue...
Incendeiam seus transportes, seus barracos, seus almejos, e o que sobra são as cinzas da indignação.
Até quando estaremos sujeitos às vontades de uma minoria estúpida que só faz aumentar o vão que promove as diferenças sócio intelectuais?
Usam os nossos meninos, iludem os nossos rapazes e transformam os nossos homens em oriundos do que fica à margem.
E o nosso coração dói!
Mesmo com o título positivista do progresso e da ordem que hasteamos em nossa bandeira, tudo que é negativo ainda impera no comando dessa nossa nação que se demonstra frágil diante das ameaças de retrocesso. E pouco se pode fazer.
Os que estão do lado de lá possuem mais recursos do que nós. Essa é a punição às avessas, onde os inocentes é que se encarceram em busca de escape.
E ficamos expostos a toda essa vulnerabilidade. Somos todos grandes prisioneiros do cotidiano.
Enquanto assistimos a tudo isso de camarote, nossos irmãos de pátria escondem seus corpos embaixo da cama e suas esperanças dentro do peito. E você talvez pergunte, esperança? Existe? Sim, e ela ainda está lá!
Todos eles esperam por menos teorias e mais ativismo.
Eles ainda guardam a esperança de que amanhã ou depois, quando toda essa guerra acabar eles não tenham tido seus membros mutilados.
Eles guardam a vontade de que suas vidas não sejam ceifadas estupidamente.
Eles cultivam com todas as suas forças a esperança de que amanhã, quando toda essa poeira abaixar, seus sonhos ainda respirem...
O que essa gente precisa é de paz!
Paz para o Rio. Já!
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