A vida sempre nos desvenda os contratempos que essa turbulência existencial nos obriga a vivenciarmos. Não se vive por querer. Fomos sorteados e viver é o único benefício que os premiados não valorizam.
Tratam a vida com tanto desleixo que ela tem razão de andar meio revoltada.
Os seres humanos ainda não se deram conta do que realmente são.
Somos o produto mais perecível que já inventaram. Perecemos ao tempo, às dificuldades, perecemos aos excessos e à escassez.
Mal cabemos no espaço dentro do nosso corpo. Somos exageradamente espaçosos, desajeitados, mal educados ...
Não se molda um ser humano. Ele é fruto do acaso. Dos impropérios. Da sua arrogância.
Não somos feitos de escolhas, mas sim de dúvidas, e não é que estamos morrendo mais cedo. É a vida que está se matando aos poucos por testemunhar tantos descompassos.
Tudo isso aqui é um grande jogo mas ao contrário do que pensamos, ele não acaba quando abrimos os olhos e sim quando fechamos.
Todos enfatizam os amores extra-curriculares mas se esquecem da própria alma, todos passam por aqui com um desinteresse descomunal e mal sabem o seu papel na história.
Nós somos os despreparados e medianos jogadores e a vida é um percurso com linha de chegada.
Quem é mais forte não chega primeiro.
Os mais fortes são aqueles que chegam por último.
Isso é a vida. Cheia de desafios e estratégias e a sabedoria consiste em não seguir os critérios porque um sábio de verdade não é aquele que segue todas as regras, mas sim aquele que faz com que todas as regras, o sigam.
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