As coisas estão mais intensas. Qualquer dor dói mais agora. Qualquer barulho me ensurdece, qualquer cor é forte demais para os meus olhos.
Aquela coisa lá no fundinho do coração, não sei bem o que é mas contrai meu estômago quando palpita. Sinto cheiros desconhecidos. É o cheiro que a falta deixa só pra torturar a gente.
Não é mais incomum a minha face amanhecer úmida. Não sei bem o que acontece ao anoitecer mas tudo parece mais difícil quando fecho os olhos.
Se alguém canta uma música, você está ali. Morando dentro das palavras e da melodia. Se contam uma piada, uma história, lêem uma poesia, você está lá.
Na rua, nas fotos, na estante, na janela do ônibus, na fila de um banco, dentro da minha cabeça, estampado em minhas memórias. E pra onde a gente foge quando o mal está dentro da gente?
Me sinto tão só. Quando olho para o lado sinto a presença de alguém que não está.
Não houve adeus, nem despedida, nem brigas e muito menos motivos. Houve apenas a ausência repentina que mantém a dor da espera.
E pra ser sincera eu já nem sei dizer se você se foi, porque nunca na minha vida você esteve tão presente como agora.
"Tenho trabalhado tanto, mas penso sempre em você (...). Se não dormisse cedo, nem estivesse quase sempre cansado, acho que esses pensamentos quase doeriam e fariam 'clack' de madrugada e eu me veria catando cacos de vidro entre os lençóis." [Caio Fernando Abreu]
5 comentários:
"Me gusta" como escolhes as palavras. Intenso... parabéns!
Fico feliz por gostar! Saem do coração!
Obrigado por estár aqui .. fico feliz! Volte sempre!
Estes seus desfechos sempre deixando tudo mais lindo e intenso do que já é...presenças mal vestidas de ausência...haja coração! bjs Nat!
Pois é, haja coração! rs A saudade me mata ...
Seus comentários sempre lindos, me enchendo de alegria! =)
Seja sempre bem vinda Nat!
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