segunda-feira, 1 de agosto de 2011

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O AMOR DE TRÊS MINUTOS...



Não suporto sentimentos do tipo obras-do-acaso. São surpresas desagradáveis que surgem. Você dorme feliz e "puf!", quando acorda está amando.
Ninguém planeja isso. Ninguém gosta simplesmente porque são exatamente como fumaça. Se propaga com o fogo mas no primeiro vento forte se espalha, vai pra longe, se esgota. De alguns não sobra nem o cheiro.
Amor assim é igual a roupa na vitrine. Chega a ser ridículo como veste bem o manequim, e você até esquece que manequins têm formas perfeitas e não falam, ao contrário da gente. 
Você passa em frente, olha, gosta e compra. Sai contente, sai feliz, até achar outra estampa ou outra cor na loja seguinte.
Aí dá aquele sentimento de podia-ter-olhado-mais-um-pouco, mas já era, nem sempre se pode trocar.
E depois fica lá. Você usa uma vez e ele sobra, entulhando o guarda roupa, ocupando o espaço de outro amor. Do amor que é seu. Que foi feito sob medida pra você.
Aquele que você lava e ele não desbota. 
Aquele que é um modelo exclusivo. 
Que a vida costurou com as próprias mãos só pra te fazer sorrir.




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