segunda-feira, 12 de setembro de 2011

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QUANDO CRIEI ASAS, VOEI ♪


Depois de todos aqueles dias, eu mereço todos esses dias. Esses dias leves sem me preocupar com os seus pormenores. Estou aproveitando pra curtir a minha leveza. Essa brisa suave que é ficar sozinha quando quero ou com todo mundo quando quero também. Esse direito de escolha me fascina. Estou saindo, curtindo boa música, boas amizades, boas loucuras e você nem está aqui pra ver tudo isso. Você sumiu, garoto! Pra te falar a verdade, você agora é fantasma, e isso, só porque eu sou chegada em contos da carochinha. 
Pode até soar improvável mas isso tudo que eu estou vivendo agora se assemelha tanto à felicidade que acabou me convencendo. 
Ta aí! Essas coisas me ensinaram outra coisa. Não é porque se encerrou uma fase que a vida também foi encerrada. Inteligência nada mais é do que a sagacidade de criar trilhas em ruas sem saídas.
Você ter ido embora, não significa que eu morri. Sinceramente eu já não tenho mais idade pra viver essas mortes temporárias, forjadas e  tipicamente adolescentes. Estou valorizando o tempo, não fico só na superfície das coisas. Só agora eu entendi que acelerar a rota é boicote e parar a vida não é aconselhável.
Foi isso que eu andei lendo por aí: "O caminho é este, tem pedra, tem sol, tem bandido, mocinho, tem você amando, tem você sozinho. É só escolher, ou vai, ou fica."
Adivinha só! Resolvi te amar de longe. Essa é a forma menos complicada de amor.
Eu decidi ir. Você está me vendo aí do seu lado? Não! É porque mesmo te amando, eu fui. Ficar com você sempre foi perigoso demais. Parar por sua causa é muito arriscado. É o mesmo que estacionar em local proibido.
Eu consegui abrir mão de você e pode até parecer ironia mas essa foi a maior prova de amor que eu já dei pra mim.
[Texto: Naat Viana    /   Citação entre aspas: Martha Medeiros]

Um comentário:

Yohana Sanfer disse...

Gostei Nat! Bom quando nos equilibramos assim!
bjs