sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

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O UNIVERSO QUE HÁ EM MIM...

Eu gosto de gente que fala olhando nos olhos. Sou apaixonada por livros e fones de ouvidos. Enxergar o mundo pra mim é tarefa minuciosa. É um olho no óbvio e outro no que não existe. Eu sofro é de utopia. Crônica e progressiva. Falar baixo não me satisfaz, meios termos e um terço de sorriso não me sensibilizam. Música pra mim tem que ser alta, a comida quente, a bebida forte, as pessoas inteiras. Se for pra ser eu encarno. Não existe drama sem choro, alegria sem riso, amor sem angústia. O muito me cativa e me deslumbra. Tem que ter exagero pra ser a medida do possível. Dispenso bons sensos e bons modos. Caras bonitas me amedrontam. Sim. Eu julgo o livro pela capa. Pessoas boas demais eu pago pra não levar. Eu não sou chegada a clichês e definições. Não me ofereça petulâncias gratuitas, demonstrações baratas de fracasso pessoal externado em forma de prepotência. Eu gosto é da sinceridade dolorida, de "stolen kisses, wet and long", da realidade encarnada e esculpida. Me ofereça amores superficiais, vodka e relações tendenciosas que eu encaro tudo ao lado da sobriedade, mas eu não resisto mesmo é a um porre. Tem que me deixar tonta e me fazer dançar no meio da pista. É disso que eu gosto. De gente com cara de "you can trust me". Me dê uma dose de verdade que eu me embriago no primeiro gole. Mas não tente me desvendar porque é perigoso. Aceite aquilo que eu deixo você ver. Tome! Fique com o meu perfume. Isso é o mais perto que você vai chegar da minha essência.

Eu sou um universo e conspiro a meu favor...

Um comentário:

Yohana Sanfer disse...

Acho que este universo também há e mim, Nat! Me vi em quase tudo!!! Adorei mais uma vez!