sexta-feira, 16 de julho de 2010

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HOJE.

 
E é fato! 
Sou transparente demais pra tentar esconder minhas emoções.
Meus sentimentos e minhas vontades oscilam conforme as estações do ano, ou até com maior frequência, talvez. 
Hoje, eu desejo aquilo que está distante, mas por quê? 
Por que meus anseios insistem naquilo que me obriga a ficar na ponta dos pés?
Talvez eu seja uma menina que vive em intensa utopia, ou uma mulher que descobriu que tem sede de satisfação. O que corre em minhas veias é a vontade do inusitado, do dificultoso.
Desde cedo eu descobri que quanto maior é a espera, melhor é o sabor da realização, então espero. Espero profundamente, não com aquela paciência admirada, mas com a ansiedade de uma mãe que está prestes a gerar.
Espero, não porque quero, mas porque a vida está me forçando e a força pra essa espera, vejam só, vem da própria esperança. 
Basta lembrar daquele sorriso e a fagulha de entusiasmo reacende dentro do meu peito.
O que me motiva é esse querer importuno. 
Quem sabe chegue o dia em que você se materialize aqui, mas pode ser também que amanhã você morra em minhas memórias. O mais importante é que você é o meu sonho do momento. Hoje o dia terminou, mas foi por você que eu cheguei a essa noite.
Pode ser que em um futuro previsível você me enxergue aqui te esperando nesse cais de emoções retorcidas, ou simplesmente você se vá e nem acene para mim, mas HOJE é por você que minha alma entra em transe. É até a você que meus pensamentos viajam a cada música, a cada poesia, a cada sensação.
Você está em mim, de uma forma tão intensa que se tornou  uma segunda pele, da qual eu necessito para obter um ponto de equilíbrio que me aquece e afasta o frio da razão.
Não sei como, mas você se camuflou em mim e de uma maneira tão brusca que HOJE eu não consigo pensar em viver sem pensar em você.


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